De acordo com
essa noticia o governador Geraldo Alckmin é condenado pelo Tribunal de Justiça a pagar indenização por disseminar o medo e a discriminação racial dentro da sala de aula.
Como professora e educadora, considero a indenização justa!
Não porque queira ver a imagem do governador manchada, pois isso ele ja esta fazendo sozinho, mas, porque só quem convive no ambiente escolar sabe o quanto é dificil acabar com esse preconceito embutido em nossas crianças.
Atrelado a isso, anda circulando nas redes sociais
um texto (antigo) do Danilo Gentilli onde ele responde as acusações de preconceito racial por uma piada feita no twitter.
Em uma das partes do genial (sic) texto, Gentilli fala "Alguém pode me dar uma explicação razoável por que posso chamar gay de veado, gordo de baleia, branco de lagartixa, mas nunca um negro de macaco?"
Sera que ele não percebe o quanto é ridiculo comparar racismo com a piadas de gordos, feios ou narigudos? São situações históricas e sociais completamente diferentes. Será que ele ja viu aquele índice de homicídios juvenis? Viu que negros tem 2,6 mais chances de serem assassinados antes dos 18 anos? Temos dados equivalentes ao tamanho do nariz das pessoas? Do peso delas? Da beleza das pessoas mortas? E entre os analfabetos, entre os pobres, quantos são negros? A população carcerária brasileira é quase toda ela de pessoas ruivas com sardinhas que sofrem o terrível preconceito de serem chamadas de "ferrugem" na escola? Ele sabe que pros negros é mais difíil até superar economicamente os pais, saindo da mesma posição economica que um branco?
No meio do texto ele fala dos brancos, indigenas, japoneses e diz não ver problema em chama-los pela cor, mas, o que ele não entende é que que nenhuma dessas "classes" tem uma história tão longa e trágica + é tão grande + está num momento de conscientização-de-si + tem sido objeto de uma reflexão da sociedade quando os negros.
Não são os brancos que são chamados de vagabundos, marginais quando parados pela policia. Não foi a cor amarela que foi demonizada pela igreja.
Ser chamado de negro não é o problema, pois o proprio movimento se autodenomina negro e não "afrodescendente".
Quem ve alguma ofensa em chamar alguém de negro, está revelando um preconceito enraizado: o de considerar "negro" um atributo desagradável, humilhante.
O problema é interpretar o repúdio ao racismo ou a qualquer tipo de intolerancia como uma tentativa de deixar o mundo menos engraçado.
Porque rir é mto mais facil do que se solidarizar, ne?