Sol e Lua

Ela era borbulhante.
E ele era lindo.
Mais que isso.
Era de tirar o fôlego dela.
Mas sol e lua não conseguiam conviver por muito tempo no mesmo céu.
Ele era razão e ela a sensibilidade sem governo.
Ela era a inconstância de todas as coisas.
Ele era o universo controlado de quem, agora, não pode perder nem mais um dia.
Ela não gostava das mesmas coisas que ele.
E eram muitos os pontos de divergência entre os dois.
Mas como dois ímãs, atraíam-se mutuamente.
Mas também se afastavam da pior forma possível.
Nas várias tentativas de explicação do porquê ou do que era aquele sentimento, ela preferia se ater à delícia de descrevê-lo da maneira mais confusa, sem rumo, ou sem buscar um fim definido.
Preferia descrever a ânsia do encontro, o medo do olhar, a curiosidade em saber se existia um pouquinho dela dentro dele.
E assim passavam os dias... os meses... os anos ... e nada mudava naquela história...

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